Olá
Hoje venho contar uma história que não me sai da cabeça. Apenas não quero ser mal interpretada. As vezes temos necessidades de dizer coisas, mas, logo desanimamos por conta de interpretações errôneas. ..
Tenho quatro anos de formada. Em 2008 iniciei um curso superior. Turismo para ser mais exata. Terei cuidado para não citar a faculdade ou o nome de alguns colegas por conta da ética, respeito e bons costumes. Falarei de mim e por mim. Creio que seja um desabafo oriundo de um período de reflexão por qual tenho passado.
Quando iniciamos em 2008 (falo da gente enquanto turma), éramos uma turma Plural, como dissera um de nossos mestres. Trinta pessoas com idades diferentes que variava de 20 a quase 57 anos, passando pelos 40 e quarenta e poucos...Eu me encontrava nesta última categoria.
Algumas pessoas tinham uma profissão, já estavam no mercado de trabalho e apenas precisavam do Diploma para aumento de piso salarial, outras bem mais jovens queriam realmente se formar e engrenar no mercado, outros já tinham passado por outras faculdades e cursos e estavam a fim de agregar conhecimento àquilo que possuíam e com isso abocanhar uma fatia bem maior que o mercado oferece. Ainda havia aquela acadêmica que já estivera em dois outros cursos não tinha gostado e aí caiu de para quedas no turismo. Entre idades e sonhos diferentes lá estava eu...No meio daquilo tudo...
Eu simplesmente estava realizando um antigo sonho de menina: o maior de todos eles na minha concepção...
COMO EU ME SENTI?
Me senti como uma "criançona"que havia ganho o maior e mais gostoso brigadeiro da festa... Era como se fosse Natal e eu tinha ganho o melhor presente...Acho que passei os quatro anos dentro da academia como se eu estivesse dopada pela magia do meu grande sonho realizado (Hoje acho que isso não foi saudável ). Naquele momento ter os pés no chão teria sido mais proveitoso ( fica a dica)...
Estou atualmente num momento bastante reflexivo da minha vida e depois de quatro anos quero falar, dizer o que penso, pode servir para outros ou para outros grupos os meus relatos de experiências vividas...
Naquele momento se aquilo era importante para mim que era mãe e dona de casa que dirá para os outros que já tinham uma definição para o diploma. ..
Assim...Hoje posso falar de cátedra, sem sombra de dúvida que todos nós estávamos de "salto alto" e "nariz em pé "... Podia ser tudo diferente e mais divertido...Mas não foi por causa disso...
Cada um sabe a dor e o prazer se ser quem é. ..Também compreendo as razões dos " saltos" e dos "narizes "...Conheci cada um deles...Fomos uma família e por isso consigo compreender. ..
Quanto a mim pequei pela ingenuidade, pela criancice, pela burrice, acho que eu era uma "menina grande"...Desconhecia o mundo, desconhecia as pessoas...Nunca fui arrogante. ..Mas falava dos meus assuntos da faculdade para toda a minha família achando que eles ficariam felizes por mim, por eu estar feliz ...Pensava que o certo é ficar alegre com a alegria do outro...Além do mais ainda lembro das minhas tias que ficaram muito felizes quando as minhas primas(suas filhas) ingressaram na faculdade. ..Afinal é motivo de orgulho para uma mãe ( eu que o diga neste momento por conta da minha casula que faz enfermagem )...
Então nesta perspectiva tudo contava para minha mãe: dos trabalhos, das equipes, das palestras, das jornadas, dos eventos, dos maravilhosos mestres... Tudo!
Simplesmente um dia ouvi pela cara que eu só sabia falar da faculdade...E meu marido compactuava com esse pensamento de minha mãe...Perdoar? Claro que sim! Mas esquecer jamais!
Nunca fiz nada para pisar em ninguém. Me sentia uma criança feliz com seu novo doce ou presente. Queria compartilhar a minha felicidade com as pessoas que são queridas para mim. Queria que as pessoas ficassem alegres com a minha felicidade como eu fico alegre com a felicidade delas... MAS FOI POR AÍ QUE COMECEI A CONHECER O SER HUMANO...
E tenho muitas histórias para contar desses quatro anos esta foi apenas uma delas...
Depois disso fiz um curso de pós graduação de 18 meses. Conheci pessoas tão diferentes, tão interessadas em ter seu "lugar ao sol" mas também interessadas em ajudar o outro e querer que o outro também progrida...
Para hoje: SÓ QUERO FAZER DIFERENTE NUMA NOVA OPORTUNIDADE. ..
BEIJINHOS!
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Sou partidária do pensamento de que o poder de criticidade ajuda o outro a melhorar, a crescer, bem como também sou a favor do trabalho em equipe. Penso que duas ou mais cabeças sempre pensam melhor...Por isso aceito críticas, sugestões, manifestações, entretanto, desejo que o façam de modo educado, com ética e respeito ao próximo...Não vedarei os comentários porque quero acima de tudo transparência, mas, desejo que as pessoas deixem aqui a sua identificação, grata...Patrícia Ventura.