quinta-feira, 29 de março de 2012

UM CASO VERDADEIRO

Eu tinha acabado de entrar na faculdade quando conheci a personagem principal desta história com H mesmo...Mas, ela não era de minha faculdade, conheci nesse momento, entretanto, em um outro local ...Passaram-se 4 anos, nunca mais vi esta pessoa, atualmente, compreendo ainda melhor o que ela passou e como sempre falo para parentes e amigos "tive que fazer um curso superior para aprender a conhecer o animal humano"...




Foto da internet (animal humano)

Eu acredito que as divindades superiores estavam hoje me testando, brincando comigo ou até mesmo me colocando à prova, eu que nessa vida corrida não tenho tempo para nada, da cama, para a cozinha, depois para o trânsito, para os afazeres externos, para os filhos, para os trabalhos da faculdade, para minha família e principalmente para a net (risos) tive hoje que ouvir uma história de vida triste e marcante de uma jovem negra que por algumas vezes saiu de sua turma da faculdade por motivos de brincadeiras de mau gosto para com ela, por ela não ter jogo de cintura para superar tais misérias desses falsos colegas, na verdade ela acreditou nessas amizades supérfluas, nessas caras cínicas que usam a ética para iludir, ludibriar criaturas sensíveis. Filha única, criação à moda antiga, católica praticante, vinte e oito anos, uma vida inteira pela frente, sofrendo com problemas existenciais, se entupindo de medicamentos pesados passados pelo psiquiatra, essa pessoa viu em mim, um porto seguro, uma ajuda e por quê? Sim, já passei duros momentos, já fui para os remédios, natural é claro, para as análises, hoje sei que tudo ajuda, mas devemos realmente, acreditar, primeiramente, em Deus, depois em nós mesmos. No meio dessa correria ao sair do inglês, tentei contribuir para que essa frágil criatura se sentisse um pouco melhor, na verdade eu me vi nela, se eu tivesse o azar (porque tudo que DEUS faz é bom) de ir para uma faculdade com tenra idade, talvez tivesse passado igual ou pior do que ela, e olha que não sou negra.

O que será que eles pensam? Que são melhores do que os outros... Vão morrer e apodrecer debaixo da terra igual a mim, igual a você, igual a todos... Nada há de diferente.

Conheço uma professora que me deu um testemunho que de uma turma de setenta acadêmicos, apenas trinta concluíram o curso e ela no decorrer dos anos passados na academia conseguiu fazer apenas duas grandes e verdadeiras amigas, por isso sempre digo: colegas têm muitos, amigos? Direi-te daqui a três anos, muitos são os colegas, amigos serão ou não.

Disse à minha amiga que ela é muito bonita, inteligente, sincera (principalmente, “sincera”, coisinha difícil hoje em dia), e que ela não deve perder tempo com essas picuinhas, viver a vida dela, deixar falarem, se fortalecer espiritualmente, moralmente e fisicamente, deixar aflorar aquele lado meio “sacana” e fazer também aquela carinha falsa costumeira que eles sabem fazer muito bem e ir levando pensando nas ações geradas em seu próprio beneficio.

Fui mais além, ensinei chás para que ela conciliasse o sono, administrei exercícios respiratórios e incentivei que ela procurasse gerar pensamentos positivos, induzi que antes de pegar no sono ela produzisse imagens positivas na mente, principalmente, imagens envolvendo a sua chegada na nova turma da faculdade, sempre cumprimentando, dando bom dia, boa tarde ou boa noite conforme o caso. Imagens não só retratando isto, mas também um monte de outras coisas boas em beneficio próprio.

Confesso que a muito eu não ajudava realmente um ser humano, sinto-me aliviada, isso foi real, aconteceu, a minha vida corrida, me permitiu que eu me doasse, sei que sábado que vem vou ouvir outra história, e esta desta vez sem os fantasmas da depressão atrapalhando uma vida que tem potencial para ser feliz.




terça-feira, 27 de março de 2012

A RESPEITO DO FILME DO COMEÇO AO FIM

Esse filme relata o homossexualismo com muito amor e carinho, mostra o lado bonito e sentimental, mostra respeito entre as pessoas...


Foto da internet


O filme se passa num ambiente feliz, algo muito longe de ser degradante, de caráter polemico porque vai suscitar um mundo de opiniões diferentes e divergentes, sempre pareceu-nos que qualquer pessoa que se enveredasse por caminhos considerados confusos pela sociedade, fosse criaturas que vivessem a margem num ambiente promíscuo, o que não se concretiza no filme, muito pelo contrário, o ambiente é bom, belo e saudável.

De acordo com nossos valores morais e nossa idade, porque isto pesa bastante, (a moral muda conforme o tempo, algo que era considerado tabu lá passado, no momento presente é tido como a coisa mais normal do mundo), entretanto, pessoas mais idosas ainda preservam certos valores porque às vezes não conseguem acompanhar os avanços. Pensa-se que o diretor ao mostrar dois temas polêmicos, quis realmente suscitar as controvérsias, e a nosso ver pode-se muito bem aceitar a homossexualidade, desde que casais mantenham o devido respeito nas presenças de pessoas e deixem as intimidades para a alcova, a fim de que não haja a agressão a ninguém, pois existem pessoas que se sentem agredidas ao presenciarem tais cenas.

Acredita-se que o outro tabu que o filme expressa é muito forte, a questão do incesto, embora antigas civilizações já praticassem o ato para que houvesse a povoação do mundo e o crescimento das famílias, no caso do filme torna-se forte e pesado por serem irmãos. Se fossem primos ou tio e sobrinha não seria muito pesado. Não podemos concordar com este ato, acredita-se que quando surge um filme ou uma novela abordando um fato é porque o mesmo já está acontecendo dentro de nossas casas e de nossas famílias, entretanto, não podemos deixar de pensar que este poderia ser veículo indutor das mentes infantis e pouco maduras e assim arrastar muitas de nossas crianças para a prática tais atos.

Nossa opinião se embasa, metaforicamente, naquele velho bordão que sempre dizemos quando algo dá errado “se não tivesse ido, não teria acontecido...” Acreditamos que jamais assistíramos a este filme com filhos ou netos ao lado... Entretanto, se os personagens fossem nossos amigos não abandonaríamos a amizade por causa disso, não pretendemos suscitar preconceitos, apenas valorizar aquilo que moralmente acreditamos.


segunda-feira, 26 de março de 2012

ANÁLISE DO FILME O PONTO DE MUTAÇÃO ASSISTIDO EM CLASSE

Este filme é "um papo cabeça", três amigos em uma ilha discutem os problemas mundiais da sociedade moderna, duas linhas de pensamento são colocadas: a visão mecanicista de Descartes e a visão holística...


O Professor Mário Beni, defende o SISTUR, sistema de turismo, analisado e explicado na integra no livro “Análise Estrutural do Turismo”, e para ele sistema é “um conjunto de partes que interagem de modo a atingir um determinado fim, de acordo com um plano ou principio; ou conjunto de procedimentos, doutrinas, idéias ou princípios logicamente ordenados e coesos com intenção de descrever, explicar ou dirigir o funcionamento de um todo”.


A priori, a teoria dos sistemas pode parecer ao leigo complicado e por conta disso a professora Socorro Almeida numa feliz, maravilhosa e inteligente tentativa de explicar aos discentes tal conceito, passou em classe o interessantíssimo filme, Mindwalk, o ponto de mutação.


Ao se falar de visão sistêmica, remete-se a idéia de visão holística, não podendo haver fragmentação, deve-se olhar a questão como um todo, este é o propósito do SISTUR de Mário Beni e este é o discurso abordado no filme O ponto de mutação pelos três personagens. No filme a personagem central ao abordar os problemas do mundo, aponta também as soluções, que não serão ações isoladas direcionadas a um só nicho ou segmento, mas, sim ações direcionadas a todas as partes de um todo para tratar o problema na raiz.


Fazendo-se uma analogia com o tratamento de homeopatia bastante utilizado por algumas pessoas, poder-se-ia dizer que a mesma não trata a doença, mas, sim, o doente e se este aparece com uma gastrite, o tratamento irá buscar as causas e irá tratar o paciente como um todo. No filme a cientista citou um exemplo da pessoa que adoeceu e que se este tivesse tido uma alimentação saudável provavelmente teria curado o mal na raiz, semelhante ao tratamento homeopático.


O filme se passa em 1990, época que a consciência ecológica era tida como pensamento de fanáticos, nos vários discursos dos três amigos observa-se referencia sobre o desmatamento da Amazônia, a criação de gado com finalidade de pagamento da divida externa, o grande numero de mortalidade infantil no mundo, bem como o efeito estufa que ocorre no planeta.


Dos dois amigos da cientista, um foi candidato a presidência dos EUA e o outro é escritor (poeta), algumas falas do filme serão transcritas aqui, entre aspas, para um melhor entendimento deste pensamento.


Talvez para contrastar com os diálogos sérios que o filme expõe, ou até mesmo para mostrar um belo cenário fazendo alusão de que um dia toda esta beleza cênica pode ficar comprometida, o cenário físico é paradisíaco, é uma maravilhosa ilha chamada de Mont Saint Michel, localizada na costa da França, num pitoresco castelo medieval, no entorno uma paisagem que recebe influencia das marés.


Não há romance, ação ou suspense, apenas os discursos dos três amigos que muito contribuem para a formação de um novo pensamento para a solução das questões problemáticas do planeta.


Baseado no filme percebeu-se que o que a Dra. Sônia Hoffman quis dizer que o mundo necessita de uma nova visão, algo que funcione num sistema, onde um conjunto de partes está se inter - relacionando o tempo todo de modo dinâmico e criativo, de forma coesa e coerente, objetivando um final favorável para o todo. Dentro desse sistema as relações são o ponto chave, quando acontece algo e isto quebra, põe em risco todo o sistema.


A Dra ainda relata que “a teoria dos sistemas é pura ciência que pensa nos princípios da organização visando o bem estar do todo”, deste modo avançando no raciocínio pode-se afirmar que dentro do turismo o SISTUR do Professor Mário Beni é uma ferramenta para se atingir a sustentabilidade apoiado num tripé de equidade social, crescimento econômico e equilíbrio ecológico. Como todo esse pensamento é muito recente, a Dra Sônia ressalta no filme que “responsabilidade, ética e moral não eram discutidos antes nas universidades...”


Pode-se acrescentar que a cientista explica a teoria dos sistemas no filme através de parábolas, nada que seja irreal tudo com base em conhecimentos biológicos e científicos, o que se percebe num determinado momento em que ela descreve o modo como uma árvore se sustenta, ou mesmo quando ressalta as teorias da física.


A grande questão que faz a diferença a todo o momento no filme é a teoria das relações, que se faz presente em todas as explicações da doutora, e a auto organização baseado num padrão, (um padrão para cada sistema em particular) assegurando que o êxito para o resultado satisfatório em todos os exemplos citados no filme, mantendo a coesa inter relação entre as partes de cada sistema, promovendo a finalidade desejada.


Deste modo mais uma vez fazendo alusão com o Sistema de Turismo, observa-se que a benfeitoria terá que satisfazer um todo numa cadeia de relações coerentes e coesas, o que irá proporcionar a sustentabilidade da atividade em todos os nichos.


Em todas as “falas” da cientista observa-se uma intensa preocupação com populações futuras, com o acelerado e “obsessivo crescimento” e aponta as soluções para os problemas do planeta na nova visão holística, onde tudo se renova mediante a aplicação da teoria dos sistemas. E uma das “falas” que retrata de modo coerente a situação é: “todos os problemas são fragmentos de uma só crise...”



domingo, 25 de março de 2012

MINHA ANÁLISE DO LIVRO O PODER DA ESPOSA QUE ORA

Este relato sobre esse livro escrevi há algum tempo atrás, claro que a cada dia mudamos, jogamos o nosso lixo espiritual na lixeira e nos renovamos a cada dia e, por esse motivo é possível que alguns pontos desta minha opinião sobre esse livro tenha mudado, entretanto, eu quis mostrar o texto original...Assim, quando escrevemos e registramos, algum tempo depois poderemos verificar o quanto mudamos, o quanto nos transformamos, o quanto nos lapidamos avançando rumo a caminhos construídos sob o alicerce da dor e da alegria culminando no contínuo aprendizado gerando amadurecimento e clareza de alma e espírito, portanto, avancemos...Mas fica o registro de meu texto escrito há um tempo anterior:




Ao lermos o livro “O Poder da Esposa que Ora” (STORMIE O MARTIAN, 1998), podemos concordar com alguns pensamentos e discordar de outros, numa análise pessoal, embasada em vivências particulares, entretanto, demonstra-se que estamos em total comunhão com a idéia central da obra que relata que a oração vence e quebra todas as dificuldades encontradas ao longo do caminho dos seres humanos, ao longo de todas as experiências trocadas e, principalmente, em se tratando de relacionamento a dois.

O maior problema que enfrentei em nosso casamento foi o gênio de meu marido. Eu e as crianças éramos os únicos objetos da sua ira. Ele usava palavras como armas que me deixavam aleijada e paralisada. Não estou dizendo que eu não tinha culpa, pelo contrário, tenho certeza de que era tão culpada do que ele, mas eu não sabia o que fazer a respeito. Suplicava a Deus regularmente que tornasse meu marido mais sensível, menos zangado, mais agradável, menos irritante, porém vi poucas mudanças. Será que Deus não estava ouvindo?Ou¬ como eu achava¬ ele favorecia mais o marido do que a esposa?(STORMIE O MARTIAN, 1998)

Fico pensando, quantos casais passaram e passam por essa situação, todos os dias, todas as horas, no mundo inteiro, até mesmo eu já passei e ainda passo, geralmente não importa o grau de intensidade de quanto à mulher esteja certa, eles sempre pisam e ferem, se bem me lembro um dos mandamentos da Lei de Deus é amai-vos uns aos outros como eu vos amei, será que esse tipo de homem está amando dessa forma?

Por que sempre temos a impressão que estamos perdendo terreno, que a corda arrebenta do lado mais fraco, que os favorecidos são sempre os homens e que Deus parece estar do lado deles, é muito desagradável a pessoa saber que está certa, querer o bem do outro, tentar falar e em contra partida você recebe duras palavras, ofensivas ou até mesmo gritos, o ser humano enruga a testa, faz uma cara de mal, te aponta o dedo e quase sempre grita com você como se você fosse surda, e aí é que entra todo esse processo que a Stormie O Martian descreve muito bem no seu maravilhoso e muito bem escrito livro.

Acredito que essa super poderosa figura feminina deva estar muito preparada espiritualmente, essa maravilhosa criatura deve estar em comunhão com Deus, deve procurar caminhos independentes de religião para orar ao Pai e se fortalecer espiritualmente, é como se alimentar, deve-se ingerir determinada quantidade de líquidos e nutrientes para manter um corpo saudável da mesma forma fortalecer o espírito com orações para que quando o problema bater a sua porta você saber percorrer os caminhos a fim de que os mesmos sejam solucionados, então orar é preciso.

Há uns anos atrás uma senhora amiga me falou que a oração que fazemos é para nós mesmos e não para o outro, falei a ela que estava cansada de orar e pedir por meu marido e então ela me disse ore por você, a fim de que você possa suportar com animo e alegria determinada situação. Passei por muitos estágios desde então, sempre que posso rezo por mim, sei que sou ainda uma criatura indomável e que Deus precisa me colocar na coleira, se por determinados compromissos da vida perco duas ou três missas no decorrer do mês, sinto-me mal, sinto as forças fugindo e um mal querendo se instalar preciso do palpável, preciso do concreto, de estar num recinto, de freqüentar a missa, falo desta porque sou católica, nascida e criada, mas não tenho preconceitos com relação a outras religiões, por isso digo tenho ainda que ficar na coleira.

Diferentemente de outra amiga que se diz espiritualista, alguém que gosto muito, inteligentíssima, ela reza todos os dias e mantém um contato direto com Deus, até mesmo quando está no banho, esta pessoa para manter tal contato não precisa ir a igreja como eu preciso, ela mantém um canal aberto procurando ficar sozinha, consigo mesma, orando ao Pai e pedindo proteção, então vejo que cada ser humano deva proceder buscando o que melhor lhe convier.

Voltando ao livro da Stormie, O Martin, (1998 p.28) a mesma relata que no principio sua oração favorita era de três palavras: “ó Senhor transformar-o”. Aos poucos Deus foi mostrando a ela que a verdadeira oração seria: “Transforma-me Senhor”. Isso porque segundo Stormie O Martin, (1998 p.29)” a ferramenta mais eficaz para transformá-lo pode ser a sua própria transformação. Como nos transformar se achamos que estamos certas? Somos pacientes, fiéis, boas mães, boas donas de casa, sabemos administrar o nosso lar economicamente falando, queremos o bem deles, poxa isso é inaceitável, eles chegam bêbados, mal cheirosos, gastam todo o dinheiro do orçamento familiar, gritam com a gente e nós temos que nos transformar brincadeira!

Outro dia estive filosofando com uma amiga, falávamos que quando o ser humano atinge determinada idade madura, principalmente, mulheres, gostamos de fazer coisas que não fazíamos antes, o medo de morrer faz isso com a gente, a exemplo, conheço alguém que não gostava de cozinhar e agora perto de completar meio século de vida, está elaborando belos e maravilhosos pratos, eu modéstia a parte simplesmente amo a culinária e fazer trabalhos manuais e diversos outros tipos de trabalhos já passaram por mim, atualmente faço faculdade de turismo, penso o que será que me aguarda?Talvez eu deva orar a Deus pela minha transformação a fim de tocar o coração do dito cujo. É a única coisa que ainda reluto.

Ai como isso é difícil, eu gostaria de soltar um baita palavrão aqui e agora, porém, sei que o caminho é a oração, Só que ainda não estou preparada para me transformar. Esse “transformar” está diretamente ligado a se “calar”, “fazer vista grossa”, “fazer que não ver”, confesso que isso é muito difícil para mim, porque eu vejo e vejo muito mais do que outros.

Para Stormie O Martin, (1998 p.44) “a perda de respeito parece preceder a perda de amor e é mais triste para o homem do que pensamos. As conseqüências podem ser muito sérias”. Se para eles respeito é importante, e para nós? Não merecemos ser respeitadas, a eles é concedido o direito de nos desrespeitar, entretanto, nós temos que respeitá-los sempre, que coisa injusta, sem cabimento, também somos seres humanos, temos direitos iguais, nessa hora penso de que lado Deus está? Claro que compreendo que a falta de respeito destrói qualquer relação, mas, penso que deva existir direitos de igualdade.

Mais uma vez para Stormie O Martin (1998 p. 44), ”ela não deve humilhar o esposo por mais que pense que ele o mereça. O preço é alto demais”. E nós podemos ser humilhadas? Teremos que calar, fazer vista grossa para humilhações masculinas? Submeter-nos a ouvir coisas que nos são desagradáveis, sem retrucar, como fica nossa auto-estima? Como sobreviver a esses turbilhões emocionais?

Até acredito que nos fortaleceremos com as orações, mas será que calar e fazer vista grossa para certas atitudes masculinas de nossos maridos não irá contribuir para o aparecimento de certas doenças em nosso psicológico? Doenças que se materializam no corpo... Bem, é aquela velha história se correr o bicho pega se ficar o bicho come...

Michael prometeu estar em casa para o jantar e dez minutos depois de o jantar estar pronto, telefonou para dizer que ia trabalhar até tarde e comeria com os colegas. Aprendi finalmente que não adiantava ficar zangada, magoada ou ressentida. Isso só piorava as coisas. (STORMIE O MARTIAN, 1998).



E se fosse o inverso, a mulher telefonaria avisando que por motivo de trabalho não iria jantar em casa? Como o senhor todo poderoso agiria?Iria virar um menino tolo e mimado, infantil e ter chiliques do tipo não me toques que me desafinas... E ao encontrar com a pessoa objeto de sua ira, iria descarregar um amontoado de palavras agressivas ou fazer caras e bocas demonstrando sua insensatez, arrogância e presunção... E a nós, O que nos cabe?

Segundo Stormie (1998 p. 42) “não adiantava ficar zangada, magoada ou ressentida. Isso só piorava as coisas”. Então vamos dar uma de mulher maravilha, é isso mesmo que nós somos, muito embora não usemos o uniforme, vamos calar e orar, fechar os olhos, fingir que está tudo bem, sorrir, vestir a melhor roupa, fazer a melhor comida, esconder nossas emoções, fingir, burlar, ficar mal por dentro para deixar o “bonito” bem, aliás, quando não se tem nada a perder e que a relação já tem mais de 26 anos e você precisa de uma companhia, fortaleça-se espiritualmente, proteja as suas emoções, delete ou nem tome conhecimento do que lhe desagrada e viva a vida, confie em Deus e pé na chapa, um dia um dia...






sábado, 24 de março de 2012

MINHA ANALISE DO LIVRO O PEQUENO PRÍNCIPE DE ANTOINE DE SAINT EXUPÉRY








Há uns precisamente, 26 anos  li o livro “O Pequeno príncipe” de Antoine de Saint Exupéry, achei um livro emotivo, como a própria crítica diz é um livro que fala em parábolas, na época algumas lágrimas teimou em cair na minha face, na realidade nem sei por que eu chorara. Entendi que o livro falava de amizade duradoura e mostrava o quanto os adultos são desatentos às coisas do coração, entendi que o livro era uma lição para pessoas que só pensam em trabalho deixando para trás o que realmente interessa na vida, mas confesso que o que eu tinha entendido sobre o conteúdo do livro era pouquíssimo.

Hoje depois de todo esse tempo achei o meu “O Pequeno príncipe”, guardado em alguma gaveta, já meio amarelado pela ação do tempo, resolvi lê-lo outra vez, qual não foi a minha surpresa, ele me parece tão atual, como se tivesse sido escrito ontem, aliás, os escritos desta obra me pareceram mais adequados para o período atual, o qual estamos vivendo.

Na atualidade presenciamos acontecimentos efêmeros e amizades do mesmo teor, principalmente numa era globalizada onde o uso da internet favorece coisas passageiras, hoje você é amigo virtual de alguém e na semana seguinte você é deletado como se fosse algo descartável. E assim onde fica o “cativar” tão falado no livro “O Pequeno príncipe”, confesso que há 26 anos o sentido da palavra “cativar” não tinha ficado claro para mim, é possível que o furor da juventude tenha embotado o meu intelecto ou como “o essencial é invisível para os olhos”, meu coração não tenha absorvido o que significava isso.

“O que quer dizer cativar”? Perguntou o principezinho... Ao que a raposa respondeu: “criar laços”... É aí que atualmente vemos as amizades efêmeras, nada duradouras, se você faz um cursinho de dois meses, por exemplo, as amizades muitas vezes interesseiras, duram apenas àquele tempo, nada se estende nada é para sempre, aliás, “para sempre” denota um tempo muito longo no corre - corre da atualidade.

Enquanto não se cativa o amigo aquela pessoa é apenas mais uma pessoa, no meio de milhões de outras pessoas e a partir do momento que você cria laços, que você perde tempo com aquela pessoa, cuidando, compartilhando momentos, dividindo coisas, “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

Fazendo uma análise, talvez deva ser por isso que eu não goste de MSN, acredito que na atualidade todos devam fazer uso desta ferramenta da modernidade, ela é bastante útil no momento de dar um recado, resolver um problema ou matar as saudades de pessoas queridas ausentes, por todos estes predicados que a ferramenta apresenta, posso dizer que sou a favor da mesma, entretanto não faço uso em larga escala, não acredito em amizades feitas através de MSN, não são duradouras e as pessoas acham que somos objetos a mercê das vontades deles, usam a ferramenta para nos manipular.

É muito fácil do outro da linha em um computador você dizer coisas maravilhosas aos outros, é muito fácil você dizer justamente o que o outro quer ouvir, você tem a atenção daquela pessoa somente para você, aquela pessoa está vulnerável, com as atenções voltadas para você e então se torna facílimo a manipulação, entretanto no cara – a – cara da vida, ou seja, na vida real é muito difícil você encarar, cativar ou similares.

Esta obra é profunda, muito interessante, eu poderia continuar a minha análise e escrever laudas a fio, emprestei o livro para minha filha de quatorze anos, temo somente que ela ache chato e enfadonho, na atualidade tudo é a mídia e a massificação, parece que estas adolescentes estão sendo produzidas em série, tudo nelas se parece... O humor, o penteado, a linguagem, as amizades... Coitadas, acham que sabem tudo da vida... E chegarão à idade adulta vivendo a vida através da tela de um computador... Sendo manipuladas... Será que saberão o que quer dizer efêmero?

“A gente só conhece bem as coisas que cativou” e “só se vê bem com o coração”, pois “todas as pessoas grandes foram um dia crianças. Mas poucas se lembram disso” (Trechos do “O Pequeno príncipe” de Antoine de Saint Exupéry)

Esta postagem está participando do Mosaico da Rê cujo tema é livre, alô Rê...