quinta-feira, 29 de março de 2012

UM CASO VERDADEIRO

Eu tinha acabado de entrar na faculdade quando conheci a personagem principal desta história com H mesmo...Mas, ela não era de minha faculdade, conheci nesse momento, entretanto, em um outro local ...Passaram-se 4 anos, nunca mais vi esta pessoa, atualmente, compreendo ainda melhor o que ela passou e como sempre falo para parentes e amigos "tive que fazer um curso superior para aprender a conhecer o animal humano"...




Foto da internet (animal humano)

Eu acredito que as divindades superiores estavam hoje me testando, brincando comigo ou até mesmo me colocando à prova, eu que nessa vida corrida não tenho tempo para nada, da cama, para a cozinha, depois para o trânsito, para os afazeres externos, para os filhos, para os trabalhos da faculdade, para minha família e principalmente para a net (risos) tive hoje que ouvir uma história de vida triste e marcante de uma jovem negra que por algumas vezes saiu de sua turma da faculdade por motivos de brincadeiras de mau gosto para com ela, por ela não ter jogo de cintura para superar tais misérias desses falsos colegas, na verdade ela acreditou nessas amizades supérfluas, nessas caras cínicas que usam a ética para iludir, ludibriar criaturas sensíveis. Filha única, criação à moda antiga, católica praticante, vinte e oito anos, uma vida inteira pela frente, sofrendo com problemas existenciais, se entupindo de medicamentos pesados passados pelo psiquiatra, essa pessoa viu em mim, um porto seguro, uma ajuda e por quê? Sim, já passei duros momentos, já fui para os remédios, natural é claro, para as análises, hoje sei que tudo ajuda, mas devemos realmente, acreditar, primeiramente, em Deus, depois em nós mesmos. No meio dessa correria ao sair do inglês, tentei contribuir para que essa frágil criatura se sentisse um pouco melhor, na verdade eu me vi nela, se eu tivesse o azar (porque tudo que DEUS faz é bom) de ir para uma faculdade com tenra idade, talvez tivesse passado igual ou pior do que ela, e olha que não sou negra.

O que será que eles pensam? Que são melhores do que os outros... Vão morrer e apodrecer debaixo da terra igual a mim, igual a você, igual a todos... Nada há de diferente.

Conheço uma professora que me deu um testemunho que de uma turma de setenta acadêmicos, apenas trinta concluíram o curso e ela no decorrer dos anos passados na academia conseguiu fazer apenas duas grandes e verdadeiras amigas, por isso sempre digo: colegas têm muitos, amigos? Direi-te daqui a três anos, muitos são os colegas, amigos serão ou não.

Disse à minha amiga que ela é muito bonita, inteligente, sincera (principalmente, “sincera”, coisinha difícil hoje em dia), e que ela não deve perder tempo com essas picuinhas, viver a vida dela, deixar falarem, se fortalecer espiritualmente, moralmente e fisicamente, deixar aflorar aquele lado meio “sacana” e fazer também aquela carinha falsa costumeira que eles sabem fazer muito bem e ir levando pensando nas ações geradas em seu próprio beneficio.

Fui mais além, ensinei chás para que ela conciliasse o sono, administrei exercícios respiratórios e incentivei que ela procurasse gerar pensamentos positivos, induzi que antes de pegar no sono ela produzisse imagens positivas na mente, principalmente, imagens envolvendo a sua chegada na nova turma da faculdade, sempre cumprimentando, dando bom dia, boa tarde ou boa noite conforme o caso. Imagens não só retratando isto, mas também um monte de outras coisas boas em beneficio próprio.

Confesso que a muito eu não ajudava realmente um ser humano, sinto-me aliviada, isso foi real, aconteceu, a minha vida corrida, me permitiu que eu me doasse, sei que sábado que vem vou ouvir outra história, e esta desta vez sem os fantasmas da depressão atrapalhando uma vida que tem potencial para ser feliz.




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