domingo, 25 de março de 2012

MINHA ANÁLISE DO LIVRO O PODER DA ESPOSA QUE ORA

Este relato sobre esse livro escrevi há algum tempo atrás, claro que a cada dia mudamos, jogamos o nosso lixo espiritual na lixeira e nos renovamos a cada dia e, por esse motivo é possível que alguns pontos desta minha opinião sobre esse livro tenha mudado, entretanto, eu quis mostrar o texto original...Assim, quando escrevemos e registramos, algum tempo depois poderemos verificar o quanto mudamos, o quanto nos transformamos, o quanto nos lapidamos avançando rumo a caminhos construídos sob o alicerce da dor e da alegria culminando no contínuo aprendizado gerando amadurecimento e clareza de alma e espírito, portanto, avancemos...Mas fica o registro de meu texto escrito há um tempo anterior:




Ao lermos o livro “O Poder da Esposa que Ora” (STORMIE O MARTIAN, 1998), podemos concordar com alguns pensamentos e discordar de outros, numa análise pessoal, embasada em vivências particulares, entretanto, demonstra-se que estamos em total comunhão com a idéia central da obra que relata que a oração vence e quebra todas as dificuldades encontradas ao longo do caminho dos seres humanos, ao longo de todas as experiências trocadas e, principalmente, em se tratando de relacionamento a dois.

O maior problema que enfrentei em nosso casamento foi o gênio de meu marido. Eu e as crianças éramos os únicos objetos da sua ira. Ele usava palavras como armas que me deixavam aleijada e paralisada. Não estou dizendo que eu não tinha culpa, pelo contrário, tenho certeza de que era tão culpada do que ele, mas eu não sabia o que fazer a respeito. Suplicava a Deus regularmente que tornasse meu marido mais sensível, menos zangado, mais agradável, menos irritante, porém vi poucas mudanças. Será que Deus não estava ouvindo?Ou¬ como eu achava¬ ele favorecia mais o marido do que a esposa?(STORMIE O MARTIAN, 1998)

Fico pensando, quantos casais passaram e passam por essa situação, todos os dias, todas as horas, no mundo inteiro, até mesmo eu já passei e ainda passo, geralmente não importa o grau de intensidade de quanto à mulher esteja certa, eles sempre pisam e ferem, se bem me lembro um dos mandamentos da Lei de Deus é amai-vos uns aos outros como eu vos amei, será que esse tipo de homem está amando dessa forma?

Por que sempre temos a impressão que estamos perdendo terreno, que a corda arrebenta do lado mais fraco, que os favorecidos são sempre os homens e que Deus parece estar do lado deles, é muito desagradável a pessoa saber que está certa, querer o bem do outro, tentar falar e em contra partida você recebe duras palavras, ofensivas ou até mesmo gritos, o ser humano enruga a testa, faz uma cara de mal, te aponta o dedo e quase sempre grita com você como se você fosse surda, e aí é que entra todo esse processo que a Stormie O Martian descreve muito bem no seu maravilhoso e muito bem escrito livro.

Acredito que essa super poderosa figura feminina deva estar muito preparada espiritualmente, essa maravilhosa criatura deve estar em comunhão com Deus, deve procurar caminhos independentes de religião para orar ao Pai e se fortalecer espiritualmente, é como se alimentar, deve-se ingerir determinada quantidade de líquidos e nutrientes para manter um corpo saudável da mesma forma fortalecer o espírito com orações para que quando o problema bater a sua porta você saber percorrer os caminhos a fim de que os mesmos sejam solucionados, então orar é preciso.

Há uns anos atrás uma senhora amiga me falou que a oração que fazemos é para nós mesmos e não para o outro, falei a ela que estava cansada de orar e pedir por meu marido e então ela me disse ore por você, a fim de que você possa suportar com animo e alegria determinada situação. Passei por muitos estágios desde então, sempre que posso rezo por mim, sei que sou ainda uma criatura indomável e que Deus precisa me colocar na coleira, se por determinados compromissos da vida perco duas ou três missas no decorrer do mês, sinto-me mal, sinto as forças fugindo e um mal querendo se instalar preciso do palpável, preciso do concreto, de estar num recinto, de freqüentar a missa, falo desta porque sou católica, nascida e criada, mas não tenho preconceitos com relação a outras religiões, por isso digo tenho ainda que ficar na coleira.

Diferentemente de outra amiga que se diz espiritualista, alguém que gosto muito, inteligentíssima, ela reza todos os dias e mantém um contato direto com Deus, até mesmo quando está no banho, esta pessoa para manter tal contato não precisa ir a igreja como eu preciso, ela mantém um canal aberto procurando ficar sozinha, consigo mesma, orando ao Pai e pedindo proteção, então vejo que cada ser humano deva proceder buscando o que melhor lhe convier.

Voltando ao livro da Stormie, O Martin, (1998 p.28) a mesma relata que no principio sua oração favorita era de três palavras: “ó Senhor transformar-o”. Aos poucos Deus foi mostrando a ela que a verdadeira oração seria: “Transforma-me Senhor”. Isso porque segundo Stormie O Martin, (1998 p.29)” a ferramenta mais eficaz para transformá-lo pode ser a sua própria transformação. Como nos transformar se achamos que estamos certas? Somos pacientes, fiéis, boas mães, boas donas de casa, sabemos administrar o nosso lar economicamente falando, queremos o bem deles, poxa isso é inaceitável, eles chegam bêbados, mal cheirosos, gastam todo o dinheiro do orçamento familiar, gritam com a gente e nós temos que nos transformar brincadeira!

Outro dia estive filosofando com uma amiga, falávamos que quando o ser humano atinge determinada idade madura, principalmente, mulheres, gostamos de fazer coisas que não fazíamos antes, o medo de morrer faz isso com a gente, a exemplo, conheço alguém que não gostava de cozinhar e agora perto de completar meio século de vida, está elaborando belos e maravilhosos pratos, eu modéstia a parte simplesmente amo a culinária e fazer trabalhos manuais e diversos outros tipos de trabalhos já passaram por mim, atualmente faço faculdade de turismo, penso o que será que me aguarda?Talvez eu deva orar a Deus pela minha transformação a fim de tocar o coração do dito cujo. É a única coisa que ainda reluto.

Ai como isso é difícil, eu gostaria de soltar um baita palavrão aqui e agora, porém, sei que o caminho é a oração, Só que ainda não estou preparada para me transformar. Esse “transformar” está diretamente ligado a se “calar”, “fazer vista grossa”, “fazer que não ver”, confesso que isso é muito difícil para mim, porque eu vejo e vejo muito mais do que outros.

Para Stormie O Martin, (1998 p.44) “a perda de respeito parece preceder a perda de amor e é mais triste para o homem do que pensamos. As conseqüências podem ser muito sérias”. Se para eles respeito é importante, e para nós? Não merecemos ser respeitadas, a eles é concedido o direito de nos desrespeitar, entretanto, nós temos que respeitá-los sempre, que coisa injusta, sem cabimento, também somos seres humanos, temos direitos iguais, nessa hora penso de que lado Deus está? Claro que compreendo que a falta de respeito destrói qualquer relação, mas, penso que deva existir direitos de igualdade.

Mais uma vez para Stormie O Martin (1998 p. 44), ”ela não deve humilhar o esposo por mais que pense que ele o mereça. O preço é alto demais”. E nós podemos ser humilhadas? Teremos que calar, fazer vista grossa para humilhações masculinas? Submeter-nos a ouvir coisas que nos são desagradáveis, sem retrucar, como fica nossa auto-estima? Como sobreviver a esses turbilhões emocionais?

Até acredito que nos fortaleceremos com as orações, mas será que calar e fazer vista grossa para certas atitudes masculinas de nossos maridos não irá contribuir para o aparecimento de certas doenças em nosso psicológico? Doenças que se materializam no corpo... Bem, é aquela velha história se correr o bicho pega se ficar o bicho come...

Michael prometeu estar em casa para o jantar e dez minutos depois de o jantar estar pronto, telefonou para dizer que ia trabalhar até tarde e comeria com os colegas. Aprendi finalmente que não adiantava ficar zangada, magoada ou ressentida. Isso só piorava as coisas. (STORMIE O MARTIAN, 1998).



E se fosse o inverso, a mulher telefonaria avisando que por motivo de trabalho não iria jantar em casa? Como o senhor todo poderoso agiria?Iria virar um menino tolo e mimado, infantil e ter chiliques do tipo não me toques que me desafinas... E ao encontrar com a pessoa objeto de sua ira, iria descarregar um amontoado de palavras agressivas ou fazer caras e bocas demonstrando sua insensatez, arrogância e presunção... E a nós, O que nos cabe?

Segundo Stormie (1998 p. 42) “não adiantava ficar zangada, magoada ou ressentida. Isso só piorava as coisas”. Então vamos dar uma de mulher maravilha, é isso mesmo que nós somos, muito embora não usemos o uniforme, vamos calar e orar, fechar os olhos, fingir que está tudo bem, sorrir, vestir a melhor roupa, fazer a melhor comida, esconder nossas emoções, fingir, burlar, ficar mal por dentro para deixar o “bonito” bem, aliás, quando não se tem nada a perder e que a relação já tem mais de 26 anos e você precisa de uma companhia, fortaleça-se espiritualmente, proteja as suas emoções, delete ou nem tome conhecimento do que lhe desagrada e viva a vida, confie em Deus e pé na chapa, um dia um dia...






2 comentários:

  1. Boa noite Patrícia!
    Mas é claro que me interessa participar de mais este cantinho feito por ti!
    Não lí este livro mas ouço muito falar!
    Fica a dica!

    Bjs

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  2. Pronto! Já estou aqui também. Ainda não li esse livro, mas assim que tiver oportunidade vou comprar. Boa semana! bjs

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Sou partidária do pensamento de que o poder de criticidade ajuda o outro a melhorar, a crescer, bem como também sou a favor do trabalho em equipe. Penso que duas ou mais cabeças sempre pensam melhor...Por isso aceito críticas, sugestões, manifestações, entretanto, desejo que o façam de modo educado, com ética e respeito ao próximo...Não vedarei os comentários porque quero acima de tudo transparência, mas, desejo que as pessoas deixem aqui a sua identificação, grata...Patrícia Ventura.