Há muitos anos, ainda era
criança, via as arrumações para o almoço do Círio. Sabores e aromas inebriavam
a cidade de Belém. De repente a gente aprende a ver e a comer a Maniçoba, o
pato no tucupi, o porco assado, tudo isso vai virando tradição. Percebem-se
fatores culturais fazendo parte deste mega evento que é o Círio de Nossa
Senhora de Nazaré. Ainda era criança e já na sexta feira que antecede o domingo
do Círio observava os assados, as panificadoras faturavam ao assar previamente
os patos, perus, frangos, galinha matriz e caipira e depois surgiram os chester
e fiesta da vida nos supermercados... E mesmo assim os assados sempre em alta. Nestes
assados de nossa infância e juventude se encontra a praticidade da comida do
Círio. Claro, esquarteja o assado e joga no tucupi e pode deixar pronto desde o
sábado. E no domingão da grande festa mundial é só correr para o abraço a Nossa
Senhora.
Confesso que sou uma pessoa
maleável e gosto de quebrar certas regras, fazer mudanças e nisto embarco em
algumas canoas furadas por conta dos meus quatro elementos e agora quinto
(Agatha), em vésperas do sexto... Este ano inventei de fazer um arroz paraense,
por conta de um destes elementos... Trabalhar com camarão só dá certo se
fizermos no dia. Resultado: empate. Portanto, quero fazer um apelo: Dia do
Círio Arroz Paraense NUNCA MAIS...Vamos imaginar que a tradição deva ser
preservada porque não foi à toa que a inventaram...Vai que as comidas
tradicionais tornem-se patrimônio histórico e cultural do Círio, pronto
falei...
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