quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Arroz Paraense no Círio: nunca mais

Há muitos anos, ainda era criança, via as arrumações para o almoço do Círio. Sabores e aromas inebriavam a cidade de Belém. De repente a gente aprende a ver e a comer a Maniçoba, o pato no tucupi, o porco assado, tudo isso vai virando tradição. Percebem-se fatores culturais fazendo parte deste mega evento que é o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. Ainda era criança e já na sexta feira que antecede o domingo do Círio observava os assados, as panificadoras faturavam ao assar previamente os patos, perus, frangos, galinha matriz e caipira e depois surgiram os chester e fiesta da vida nos supermercados... E mesmo assim os assados sempre em alta. Nestes assados de nossa infância e juventude se encontra a praticidade da comida do Círio. Claro, esquarteja o assado e joga no tucupi e pode deixar pronto desde o sábado. E no domingão da grande festa mundial é só correr para o abraço a Nossa Senhora.

Confesso que sou uma pessoa maleável e gosto de quebrar certas regras, fazer mudanças e nisto embarco em algumas canoas furadas por conta dos meus quatro elementos e agora quinto (Agatha), em vésperas do sexto... Este ano inventei de fazer um arroz paraense, por conta de um destes elementos... Trabalhar com camarão só dá certo se fizermos no dia. Resultado: empate. Portanto, quero fazer um apelo: Dia do Círio Arroz Paraense NUNCA MAIS...Vamos imaginar que a tradição deva ser preservada porque não foi à toa que a inventaram...Vai que as comidas tradicionais tornem-se patrimônio histórico e cultural do Círio, pronto falei...







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