Ah, o tempo! Que tempo é
esse? Há muito quero falar do tempo, mas, não encontro tempo para falar de ”tão
escasso senhor”... Ou, até talvez, não encontro inspiração... Ainda lembro
quando saíamos pela manhã para resolver três ou quatro situações e hoje em dia
se soluciona apenas uma, isto se resolvermos... Pois, se conseguirmos resolver
ao menos uma das situações já poderemos considerar vencedores. Por isso,
dizemos que “matamos um leão a cada dia”. Que tal, você já saiu hoje para matar
o seu leãozinho?
Na realidade da atual
sociedade acontecem mil coisas ao mesmo tempo: o telefone fixo toca enquanto o
celular vibra ou toca também; o transito das grandes metrópoles, cada vez mais,
intenso e terrível; operadora de telefonia congestionada. Daí se chove tudo fica
multiplicado no sentido da escassez do tempo prejudicando a vida dos simples
mortais...
Para quem vive nas cidades
grandes esta é a realidade. Nada do que foi dito é novidade. Talvez as pessoas
que chegarão até este texto o ache sem nexo ou sem lógica, não é fácil
expressar no papel aquilo que sentimos, não é fácil reproduzir uma ideia. O
texto não é um lamento ou até mesmo um conjunto de lamúrias. Almeja-se
entrelaçar alguns assuntos que queiram ou não fazem parte da rotina da aldeia
global que o mundo se tornou.
Psiu, ei psiu... Você mesmo!
O que você está fazendo do seu tempo? Aliás, do seu PRECIOSO TEMPO... A
pergunta também vai para mim... O que eu estou fazendo do meu tempo?
Estamos vivendo na era da
informática, não podemos e nem devemos frear isso, até porque é impossível.
Podemos usar a informática ao nosso favor, para nos auxiliar em um monte de
coisas, podemos aprender a mexer em toda essa parafernália a fim de que a vida
nos corra melhor... Vemos muitos vídeos e trabalhos na internet em que apontam
BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS da Tecnologia aplicada a Educação, portanto, sabem-se
que existem os dois lados, cabe a nós usar o bom senso e cabe aos professores buscarem
cada vez mais capacitações no âmbito da área tecnológica a fim de que não
fiquem para trás e estabelecerem uma linguagem próxima a do aluno internauta a
fim de que a interatividade aconteça no contexto do ensino – aprendizagem.
Em momento algum este texto
é contra a era da tecnologia que infiltra acirradamente a sociedade high tech no mundo inteiro. Está tudo
interligado numa grande teia. Por exemplo, o capitalismo, as grandes invenções
tecnológicas, o boom da internet, o
surgimento da sociedade high tech, maior
competição no mercado de trabalho a fim de ganhar cada vez mais dinheiro e para
que? Resposta: para comprar mais tecnologia de ponta porque aquele ou esse
aparelho já ficou antiquado. Aliás, “antiquado”, está também esta palavra,
melhor disser “passado”...
Volto com a mesma questão: o
que você está fazendo do seu tempo? Há quanto tempo você não conversa com
amigos em uma praia ou piscina? Há quanto tempo você não lê um bom livro
impresso (tradicional)? E se na porta de sua casa você não puder colocar
cadeiras para sentar e bater papo por falta de segurança, você tem feito isso na
casa de algum amigo? Tem viajado? O quanto você se permite sair sem o celular?
Com que assiduidade você visita parentes e/ou amigos?
Além do mais na sociedade high tech estamos muito solitários, mas, nem por uns minutos sozinhos... O Facebook, o Twitter e o Whatsap vão ao banheiro conosco. Cadê a privacidade? De que forma você prefere levar a vida, através da tela de um computador, ou vivê-la de modo real, ao vivo e a cores?
Além do mais na sociedade high tech estamos muito solitários, mas, nem por uns minutos sozinhos... O Facebook, o Twitter e o Whatsap vão ao banheiro conosco. Cadê a privacidade? De que forma você prefere levar a vida, através da tela de um computador, ou vivê-la de modo real, ao vivo e a cores?
Minha mãe, no auge de seus
quase 80 anos, tem uma mente poderosíssima, lembra-se de tudo, interpreta
textos e lê bastante (livros no modo tradicional). Ela tem horários para tudo:
comer, beber, tomar banho, ler, acessar o computador e, principalmente, DORMIR.
Compreendo que isso tudo se resuma numa única palavra: DISCIPLINA, coisa que não
temos mais...
Percebe-se as pessoas
desatentas em seu trabalho, esquecidas, relapsas, parecem que fazem tudo de
consulta. Exemplo: quando vê fulano se lembra de algo que ficou de fazer para
ele, esquecem as chaves, esquecem documentos, esquecem diálogos importantes,
esquecem compromissos, enfim, uma infinidade de situações é esquecida. Ao
observar, nota-se que o mundo está dormindo pouco. Àquelas horas de sono que
são imprescindíveis ao organismo humano não estão sendo cumpridas. O mundo vive
atrelado nos chats e FACEBOOKS da vida e no dia seguinte o resultado é: cansaço,
desanimo e esquecimento, entre outros. Nesse conjunto de “people” que se chama mundo eu também estou dentro.
Há algum tempo atrás a minha
mamãezinha não podia ver erros desastrosos de ninguém. Ela era taxativa:
“fulano (a) está leso”... Eu ainda tentava contornar a situação e falava: “não,
não é bem assim, temos que ser éticos, não devemos falar assim ou assado”. Mas,
quer saber? Está todo mundo “leso” mesmo e a situação tende a ficar cada vez pior.
(ATENÇÃO: quem está dizendo isso sou eu: Patrícia Ventura).
Meus pensamentos corroboram
com as palavras de Augusto Cury no livro “12 semanas para mudar uma vida”, onde
o referido autor relata que: “ ...nosso corpo grita através da fadiga excessiva,
dores musculares, dores de cabeça e outros...” Ainda Augusto Cury no mesmo
livro: “...Milhões de pessoas acordam cansadas, não aquietam sua mente, se
tornam máquinas de trabalhar...” E mais um vez Augusto Cury diz que “ nossa
espécie está passando por uma crise sem precedente”. E para fechar o meu
pensamento com o de Augusto Cury relata-se mais uma de suas falas: “Há graves
contrastes nas sociedades modernas que estão diante dos nossos olhos e não
enxergamos”.
Daí continua-se defendendo o
pensamento de que o povo, inclusive, eu andamos “lesos”.
Não, mas não assusta não.
Apenas responda: o que você anda fazendo do seu tempo?
Há coisa de uns meses
realizei um curso no SENAC, o curso era: A arte de falar em público. Dentre
alguns debates entre colegas e a professora eu fiz uma fala que não lembro
exatamente, mas, lembro perfeitamente da resposta da mestra e ela disse: “o
mundo vai falir pelo excesso de comunicação”... Eu nem sei explicar tal frase,
contudo, sei sentir, passo situações em minha vida cotidiana que me mostram
claramente onde acontece esse “FALIR”. Portanto, sei sentir sem, no entanto,
explicar.
Sentia um inconformismo em
minha alma, uma agonia sem fim, sabia de certo modo estava sendo “escrava” da
sociedade High tech, também sabia que
não se pode mudar ou frear isso. Qualquer “celularzinho” de $300,00 reais
possui Android você acessa as mídias eletrônicas e fica conectado com mundo... Isso
me faz lembrar “da calça de Trezentos Reais rsrs”... Ahh esse é aquele que vai
ao banheiro com você e que a cada “trim” você se sente curioso e corre lá para
ver o que é. Daí você passa parte da sua vida esfregando o dedo no celular (touch scree) e deixa de viver outras
coisas. Uma coisa boníssima ele tem: a câmera faz fotos belíssimas e você pode
fotografar a paisagem... Que lindo!
Mais uma vez: o que você tem
feito do seu tempo?
Nesse mundo doido de coisas
boas e más eu consegui ler o meu primeiro livro no sistema KINDLE em meu
celular com Android que foi bem mais que trezentos Reais rsrs...Para início de
conversa o livro impresso custa $36,00 e para download no sistema Kindle custa $0,00 Reais. Daí, já dá para ter
uma ideia que não se foge da tecnologia e sua sociedade high tech. Respondam: a gente vai comprar o livro impresso?
“People” queridos, se conselho fosse bom a gente vendia né? Mas, eu
vou dar um a vocês: LEIAM ESSE LIVRO PELO AMOR DE DEUS E A VIDA DE VOCÊS JAMAIS
SERÁ A MESMA. (Palavra de Pat).
O livro cujo título é
“Equilíbrio: a vida não faz acordos...” Autora: Flávia Mariano, deve ter
aproximadamente 200 páginas, numa linguagem leve, fácil, gostosa e atual,
relata mais ou menos o que eu tento explanar neste TEXTO de uma forma mais severa,
mais instigante, provocando um diálogo entre o leitor, o autor (a) e a
personagem principal e os demais personagens. O livro conversa com você. A
personagem principal, Marília, somos nós, eu, você, nossos filhos e filhas,
nossos parentes e nossos amigos que na sociedade high tech não ficam mais somente conosco. Marília perdeu dois
relacionamentos e perdeu de viver um monte de outras coisas e você?
Ao ler a última página do
livro pequei meus dois celulares com Android desativei todas as mídias
eletrônicas de um deles, desativei wi-fi de um deles. Sai de um grupo do
whatsap que as colegas da faculdade criaram, infelizmente não salvei o texto de
minha despedida do grupo, mas lembro que disse:
“quero viver a outra metade da minha vida de outra forma”. Controlo o
uso do outro que ficou contendo tais mídias e wi-fi e me permito sair somente
com um deles e já tenho planos de mandar consertar um Nokia “pé duro” rsrsr
para quando quiser sair “sem lenço e sem documento” rsrsr...
Leiam o livro!
O que está fazendo do seu tempo? Lembre-se a
vida não faz acordos...
Patrícia Ventura
Oi Pat!
ResponderExcluirQue legal o seu texto! Adorei! Obrigada por escrever sobre o "Equilíbrio - a vida não faz acordos".
E olha, a questão de dormir que você falou da sua mãe, é a mais pura verdade. O organismo preciso desse tempo, da desconexão. Eu mesma gosto de trabalhar na madrugada, mas dou um jeito de compensar e dormir, ao menos 7 horas seguidas.
A mudança depende de nós!
Bejios!
Flavia Mariano