TODO SER HUMANO DE LOUCO TEM UM POUCO
Em
primeiro lugar quero dizer que não me excluo do título do texto. Quando se é
jovem vamos fazendo tudo apressadamente, tememos que não dê tempo de viver tudo
àquilo que queremos. E, por conta disso
deixamos de prestar atenção em muitas coisas que poderiam ser aprendizados para
nós mesmo... Nesse patamar eu fui jovem, você é jovem e sempre temos filhos,
sobrinhos e parentes jovens e tudo parece se repetir como ciclo vicioso... Mas,
nada ou quase nada pode ser mudado, temos que passar por essas etapas ou
estágios, afinal, é a vida.
Nessa
ânsia de viver apressadamente, deixamos de prestar atenção no comportamento das
pessoas de mais idades, nas suas preocupações, nas suas loucuras, nas suas depressões,
nas suas insensatezes... Nos seus medos, nas suas agúrias... Se ao contrário
fizéssemos, nos atentássemos para tais situações quando o inusitado chegasse
até a nossa porta já saberíamos lidar com o problema ou pelo menos passar por
ele sem nos agredir ou agredir o nosso emocional...
Presto
atenção as minhas amigas, cada uma tem um tipo de transtorno, cada uma tem uma
doidice (eu também tenho as minhas)...Observo que uma morre de medo de trovão,
chega a atirar para longe o celular, a outra só fala histérica ao celular, diz
que o telefone a persegue, porém, não consegue se separar dele (eu tiro da área
ou coloco no silencioso), outra é muito ansiosa, somente ela quer falar, não
deixa nem por um momento o outro colocar uma frase no decorrer do diálogo
(aliás, diálogo ou monólogo?)...Se alguém tenta fazer uma colocação pequena que
seja, ela altera a voz para se fazer ouvir e fala demasiadamente rápido de modo
ansioso denotando falta de equilíbrio ou controle.
Se
dizem tão amigas, mas percebo uma ponta de inveja (nem gosto desta palavra) por
coisas tão pequenas, por coisas tão banais...Infelizmente, não tenho a receita “de como viver bem”, entretanto, posso assegurar
que uma das melhores estratégias é “SER VOCE MESMO” sempre. Nunca mostre aquilo
que você não é, cuidado, você pode perder a sua identidade, aquilo que
identifica você, a sua marca registrada, não tenha inveja ou ciúme dos seus
amigos, se você não é como eles ou não sabe o eles sabem é porque você é você,
um ser humano único.
Eu
tenho uma grande mania, faz parte das minhas doidices, afinal sou normal:
também possuo anormalidades rsrsr... Gosto de estar sempre em contato com o
aprendizado seja ele qual for e, portanto, ando de mãos dadas com a tecnologia,
procuro manusear aparelhos celulares diferentes modernos e antigos,
computadores. Fico xeretando em vários sites, fusando e procurando novos
aprendizados, adoro manusear fotos em determinados programas, acredito que
aprendo para mim, para meu crescimento pessoal, não estou fazendo mal a
ninguém...Entretanto, já notei amigas meio que ponta comigo por conta destes
avanços tecnológicos que procuro me aprimorar...
ÉGUAAAA,
o ser humano é FODA... Será que sou anormal? A minha piração é outra, não tenho
inveja de quem sabe mais do que eu, procuro aprender com as pessoas. Não tenho
inveja de bens materiais de ninguém: se fulano ou fulana tem aquele carro ou
aquele telefone ele ou ela fizeram por merecer e se eu quero tal coisa eu luto
e consigo, simples assim...
Talvez
os meus desejos sejam mais loucos do que dos verdadeiros loucos: ando
questionando as minhas amizades....Que pessoas mal amadas, que pessoas
infelizes, fizeram, aconteceram no passado...Pow!! Eu já sofri tanto e não vivo
destilando veneno por ai e essas pessoas foram tão felizes, será que foram
mesmo?
Ainda
lembro das manchas de batom rosa choque nas roupas de meu marido, ainda lembro
de quando ele “cantou” a nossa comadre, ainda lembro que cortaram a nossa
energia elétrica por falta de pagamento pela mal cabeça de marido, lembro que
nessa época minhas gêmeas estavam com frio, febre e garganta inflamada, também
lembro que o doido do marido foi ao banco e limpou a minha conta bancária,
lembro da bactéria sexualmente transmissível que pequei do dito cujo...A fruta
do meu filho mais velho era comprada na hora de bater porque nunca tínhamos
dinheiro por conta de um marido doido...
Todas
essas e outras mais, não me deixaram invejosa, nem rancorosa, tudo bem tenho
meus medos, minhas depressões, mas, uma coisa que não tenho é inveja das
pessoas, procuro ser eu mesma, mesmo que esteja pagando mico... Há quem diga
que sou ingênua, deixa que pensem assim, sou apenas eu mesma... E transpareço a
minha essência, essa sou eu...
Eu
queria ver a paz. Ainda ontem falei com alguns amigos, falei a eles uma das
minhas loucuras – todos estão mais velhos e maduros – eu também estou nesse
meio, mas, estou tendo certa dificuldade de me enturmar – já não sou tão jovem
para me enfiar numa turma de moços, já não aguento, mas vejo que essa galera
tem uma cabeça boa, eu penso parecido... E a turma dos coroas – ahhh, eu me
vejo fora dessa também: eles têm um pensamento pequeno, vivem a falar mal dos
outros, estão perdendo a alegria de viver, estão curtindo as suas depressões...
A gente vai falar de alegria somos logo repelidos... Uau! Devo ser outra doida
também, querendo uma coisa impossível...
Enquanto
isso na vida real, pulo de galho em galho, fico com as pessoas até enquanto
elas não me envenenam para não macular a minha essência, penso sempre o melhor
para todos, sigo a minha vida sem fazer coisas que possam me agredir ou me violentar
e quando posso: fico sozinha porque “melhor sozinha do que infeliz”...
Foto: Patrícia Ventura
Texto: Augusto Cury
Foto: internet
Texto: Patrícia Ventura
Foto e texto: Patrícia Ventura
Foto: Internet
Texto: Patrícia Ventura
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